O que é obesidade mórbida?
Eu posso realizar uma cirurgia para perder peso?
Quais são os riscos da cirurgia da obesidade?
Quanto eu perco de peso após a cirurgia?
Qual a melhor técnica de Cirurgia Bariátrica?
Como são os procedimentos cirúrgicos?
É necessário realizar cirurgia plástica
depois da perda de peso?
Por que é necessária uma avaliação
psicológica antes da cirurgia?
Por que é importante um acompanhamento psicológico
após a cirurgia?
Que pacientes não estão aptos à cirurgia
do ponto de vista emocional?
O que é o Transtorno da Compulsão Alimentar
Periódica?
O paciente pode fazer a avaliação psicológica
antes da cirurgia com psicólogo(a) que não faça
parte da equipe?
Quais os sinais de que o paciente pode estar enfrentando dificuldades
emocionais após a cirurgia?
Porque os familiares são convidados a participar do
último atendimento do paciente com a psicóloga
antes da cirurgia?
Como a família pode
ajudar o paciente?
O que é obesidade?
Por que tratar a obesidade?
Mas o que é Síndrome
Metabólica?
Será que eu tenho
essa doença (Sd Metabólica)?
E se eu tiver Sd Metabólica,
o que devo fazer?
Por que tratar a obesidade
cirurgicamente?
Quais os cuidados a serem
tomados antes e depois da operação?
E se a minha obesidade
for devida a algum outro problema de saúde?
Quais as reações
do organismo após a operação?
Os pacientes operados deverão
continuar a fazer dieta após a operação?
Após a cirurgia
o paciente continuará usando algum medicamento?
E verdade que depois da
cirurgia vou me livrar dos meus remédios para diabetes,
colesterol e pressão alta?
O que é obesidade mórbida?
Para mensurarmos se estamos com o peso ideal,
utilizamos na prática clínica, o Índice
de Massa Corpórea (IMC – pode ser calculado na
página inicial). Quando este índice é
maior ou igual a 40 Kg/m2, fazemos o diagnóstico de
obesidade mórbida. Este diagnóstico é
importante porque quando este nível é atingido,
as doenças e riscos que acompanham a obesidade (diabetes,
hipertensão, etc) apresentam um aumento considerável,
trazendo inclusive risco de vida para o paciente.
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Eu posso realizar uma cirurgia para perder
peso?
A indicação da cirurgia depende
do IMC e das comorbidades (doenças associadas a obesidade)
que o paciente apresenta. Uma relação completa
das indicações encontra-se na área técnico
informativa.
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Quais são os riscos da cirurgia
da obesidade?
Como todo procedimento cirúrgico, a
cirurgia da obesidade apresenta riscos. Porém, com
o desenvolvimento das técnicas, estes riscos são
calculados e sempre prevenidos da melhor maneira possível.
A preparação da cirurgia deve ser feita para
que possamos correr o menor risco possível. O risco
de óbito decorrente da cirurgia é menor que
1% e o risco da necessidade de novas cirurgias é em
torno de 3%. Abaixo citamos alguns riscos das cirurgias da
obesidade:
• Infecções ou inflamações
• parede
• Cavidade corporal
• Abdominal ou
tórax
• Pulmões
(pneumonia)
• Pâncreas
(pancreatite)
• Estômago
(gastrite / úlcera)
• Esôfago
(esofagite / azia)
• Fígado
(hepatite)
• Vesícula
biliar (colecistite / cálculos)
• Rim (pielonefrite
/ insuficiência renal / nefrite)
• Bexiga (cistite)
• Duodeno (duodenite
/ úlcera)
• Sangramento do baço no intra-operatório,
com necessidade de remoção do mesmo
• Trombose
• Saída de líquidos do
estômago e ou intestino através da pele
• Drenagem para
uma bolsa por longos períodos
• Sangramento do estômago
• Hérnia incisional
• Abertura dos grampos cirúrgicos
• Complicações da anestesia
• Estenose da anastomose
• Problemas nutricionais
• Falta de proteínas
• Falta de sais
minerais
• Falta de vitaminas
• Queda de cabelo
• Unhas quebradiças
• Alterações no paladar
e nas freqüências alimentares
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Quanto eu perco de peso após a
cirurgia?
A perda de peso depende da técnica utilizada
e principalmente do esforço do próprio paciente.
Esperamos a perda de 40% do excesso de peso ou buscamos a
meta do Índice de Massa Corpórea de 25 kg/m2.
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Qual a melhor técnica de Cirurgia
Bariátrica?
A melhor técnica é aquela que
traz maiores benefícios ao paciente. É necessário
traçar os perfis clínicos, nutricionais e emocionais
para indicarmos a melhor técnica para aquele indivíduo.
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Como são os procedimentos cirúrgicos?
Os procedimentos estão demonstrados
na área técnico informativa.
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É necessário realizar cirurgia
plástica depois da perda de peso?
As cirurgias estéticas dependem da vontade
do paciente. Alguns pacientes que perdem muito peso podem
apresentar o que chamamos de abdome em avental (sobra de pele
que forma dobras na parte inferior do abdome). Estes pacientes
podem apresentar problemas como dermatites ou infecções
de pele e, portanto, devem submeter-se a uma cirurgia plástica
reparadora chamada abdominoplastia para correção
desta enfermidade.
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Por que é necessária uma
avaliação psicológica antes da cirurgia?
Essa avaliação é necessária
para avaliarmos as condições psicológicas,
as características de personalidade e os aspectos emocionais
do paciente para suportar as modificações trazidas
pela cirurgia. Prepara para as mudanças físicas
e psicológicas, conscientiza sobre os benefícios
e limitações da cirurgia, auxilia na expressão
de medos e fantasias e avalia o histórico de possíveis
transtornos emocionais anteriores e atuais que podem interferir
negativamente nos resultados da cirurgia (ansiedade, transtorno
da compulsão alimentar, quadros depressivos). Este
contato com a Psicologia pode ser visto pelos pacientes como
uma oportunidade de autoconhecimento, de pensar sobre sua
escolha e fazer vínculo, não sendo apenas uma
formalidade a ser cumprida para liberação para
cirurgia.
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Por que é importante um acompanhamento
psicológico após a cirurgia?
O acompanhamento é importante na fase
de adaptação a um novo corpo (elaboração
entre o corpo que o paciente imaginou e o corpo que vai se
formando), auxilia na adaptação aos novos hábitos
e atitudes e nas novas relações que o paciente
vai estabelecer com si próprio e com os outros. Neste
acompanhamento é possível avaliar se está
havendo uma melhora com relação à auto-estima
do paciente, satisfação com a imagem corporal,
como está seu envolvimento social, mudanças
de comportamento, projeto de vida, se houve melhora de sintomas
depressivos, ansiosos e de transtornos alimentares e se há
a presença de comportamentos compulsivos, sintomas
de transtornos alimentares (vômitos provocados, inapetência),
sintomas depressivos (como tristeza, choro fácil, sensação
de vazio, perda do interesse por atividades que gostava, irritabilidade,
isolamento, inapetência, pensamentos freqüentes
de morte e suicídio).
O acompanhamento psicológico fornece
apoio aos momentos em que o paciente possa ter medos, dúvidas
e sensação de fracasso.
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Que pacientes não estão
aptos à cirurgia do ponto de vista emocional?
Pacientes que não demonstraram capacidade
de compreender as mudanças que ocorrerão após
a cirurgia e que não se demonstram capazes de se responsabilizar
e se comprometer com todos os acompanhamentos a curto e longo
prazo que serão necessários após a cirurgia.
Pacientes que apresentam uso nocivo ou dependência de
álcool ou outras drogas e/ou dificuldades emocionais
mais graves devem receber tratamento psicológico e
psiquiátrico anterior à cirurgia. Ou seja, orientamos
que qualquer quadro psiquiátrico deve ser adequadamente
tratado no paciente candidato à cirurgia.
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O que é o Transtorno da Compulsão
Alimentar Periódica?
O TCAP é um comportamento que está
presente em aproximadamente 30% dos pacientes candidatos à
cirurgia. Caracteriza-se por comer num intervalo curto de
tempo uma quantidade de alimento muito maior do que outra
pessoa poderia comer no mesmo período de tempo. É
acompanhado por um sentimento de perda do controle do quanto
se está comendo naquele momento. Podem também
estar presentes o fato de o paciente comer muito mais rapidamente
que o normal, comer até sentir-se “cheio”,
comer muito mesmo quando não estiver fisicamente com
fome, sentir repulsa, depressão ou culpa após
comer excessivamente. Pode estar associado a jejuns prolongados,
exercícios excessivos e vômitos provocados como
forma de eliminar o excesso de calorias ingeridas. Nos pacientes
candidatos à cirurgia com a presença de TCAP
será necessário um acompanhamento mais próximo
da equipe pela possibilidade de que esse paciente venha a
ter uma perda menor de peso quando comparado aos outros pacientes
sem o TCAP. Além disso, estes pacientes podem “trocar”
de compulsão frente à impossibilidade de ingerir
uma grande quantidade de comida. Podem surgir outros comportamentos
compulsivos como o jogo compulsivo (bingo, jogo de cartas),
o comprar compulsivo, o uso abusivo de drogas (principalmente
o álcool), uso excessivo de internet ou video-games
e o sexo compulsivo.
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O paciente pode fazer a avaliação
psicológica antes da cirurgia com psicólogo(a)
que não faça parte da equipe?
A equipe de cirurgia bariátrica recomenda
que a avaliação psicológica seja realizada
pela psicóloga da equipe para que as informações,
avaliações e acompanhamentos dos pacientes possam
ser discutidos e compartilhados na equipe, que é responsável
por acompanhar a longo prazo seus pacientes. O psicólogo(a)
responsável pela avaliação e acompanhamento
psicológico dos pacientes antes e após a cirurgia
deve estar capacitado e familiarizado com a dinâmica
emocional que envolve especificamente as questões da
obesidade e da cirurgia bariátrica.
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Quais os sinais de que o paciente pode
estar enfrentando dificuldades emocionais após a cirurgia?
O paciente submetido à cirurgia passará
por períodos de grandes mudanças e novas adaptações.
Assim, poderá apresentar alguns sinais de dificuldades
emocionais. Esses sinais podem ser sintomas depressivos como
tristeza, desânimo, falta de interesse, irritabilidade,
isolamento, sensação de vazio, sensação
de fracasso, inapetência. É necessário
estar atento aos episódios de vômitos freqüentes
ou provocados pelo paciente, o comer em excesso ou se negar
a comer adequadamente. Estar atento também aos comportamentos
compulsivos (jogo compulsivo, o comprar compulsivo, uso excessivo
de internet ou video-game, o aumento do consumo de cigarro,
álcool ou outras drogas) e o abandono dos acompanhamentos
propostos pela equipe.
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Porque os familiares são convidados
a participar do último atendimento do paciente com
a psicóloga antes da cirurgia?
O objetivo é aumentar o envolvimento
da família neste processo; oferecer orientações
(sabemos que quanto mais orientada a família, melhores
são os resultados para o paciente), estimular a família
a estar disponível para o paciente e para ser capaz
de identificar as dificuldades.
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Como a família pode ajudar o paciente?
É importante para o paciente que
sua família esteja presente, seja atenta e observadora.
As famílias que apóiam são aquelas capazes
de cuidar, capazes de compreender as fases emocionais pelas
quais passa o paciente, que oferecem incentivo. Entendem que
a obesidade é uma doença que prejudica a saúde
e provoca muito sofrimento físico e psíquico
e que ajudam o paciente a entender que o tratamento não
termina na cirurgia em si e não se reduz ao primeiro
mês de pós-cirúrgico. A família
muitas vezes também enfrentará dificuldades,
dúvidas, incertezas e medos junto com o paciente e
a equipe estará sempre disponível para apoio
ao paciente e sua família.
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O que é obesidade?
O Brasil tem cerca de 18 milhões
de pessoas consideradas obesas. Somando o total de indivíduos
acima do peso, o montante chega a 70 milhões, o dobro
de há três décadas.A obesidade é
caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal
no indivíduo. Para o diagnóstico em adultos,
o parâmetro utilizado mais comumente é o do índice
de massa corporal (IMC). O IMC é calculado dividindo-se
o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. É
o padrão utilizado pela Organização Mundial
da Saúde (OMS), que identifica o peso normal quando
o resultado do cálculo. Para ser considerado obeso,
o IMC deve estar acima de 30. A obesidade mórbida ou
grau3 se da com IMC igual ou maior que 40.A obesidade é
fator de risco para uma série de doenças. O
obeso tem mais propensão a desenvolver problemas como
hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes
tipo 2, entre outras.São muitas as causas da obesidade.
O excesso de peso pode estar ligado ao patrimônio genético
da pessoa, a maus hábitos alimentares ou, por exemplo,
a disfunções endócrinas.
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Por que tratar a obesidade?
Alem de ser uma doença crônica
perfeitamente reconhecida, documentada e que por si só
já traz piora da qualidade e expectativa de vida, obesidade
é fator de risco para uma série de doenças.
O obeso tem mais propensão a desenvolver problemas
como hipertensão, doenças cardiovasculares,
diabetes tipo 2, entre outras. O conjunto destas doenças
deu origem ao termo síndrome metabolica.
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Mas o que é Síndrome Metabólica?
Na década de 80, um pesquisador chamado
Reaven, observou que doenças freqüentes como hipertensão,
alterações na glicose e no colesterol estavam,
muitas vezes, associadas à obesidade. E mais que isso,
essas condições estavam unidas por um elo comum,
chamado resistência insulínica. A valorização
da presença da Síndrome se deu pela constatação
de sua relação com doença cardiovascular.
Quando presente, a Síndrome Metabólica está
relacionada a uma mortalidade geral duas vezes maior que na
população normal e mortalidade cardiovascular
três vezes maior. A insulina é o hormônio
responsável por retirar a glicose do sangue e levá-la
às células do nosso organismo. A ação
da insulina é fundamental para a vida. Mas, a insulina
também é responsável por inúmeras
outras ações no organismo, participando, por
exemplo, do metabolismo das gorduras. Resistência insulínica
corresponde então a uma dificuldade desse hormônio
em exercer suas ações. Geralmente ocorre associada
à obesidade, sendo esta a forma mais comum de resistência.
Síndrome Metabólica corresponde a um conjunto
de doenças cuja base é a resistência insulínica.
Pela dificuldade de ação da insulina, decorrem
as manifestações que podem fazer parte da síndrome.
Não existe um único critério aceito universalmente
para definir a Síndrome. Os dois mais aceitos são
os da Organização Mundial de Saúde (OMS)
e os do National Cholesterol Education Program (NCEP) - americano.
Porém o Brasil também dispõe do seu Consenso
Brasileiro sobre Síndrome Metabólica, documento
referendado por diversas entidades médicas.
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Será que eu tenho essa doença
(Sd Metabólica)?
Segundo os critérios brasileiros, a
Síndrome Metabólica ocorre quando estão
presentes três dos cinco critérios: Obesidade
central - circunferência da cintura superior a 88 cm
na mulher e 102 cm no homem; Hipertensão Arterial -
pressão arterial sistólica 130 e/ou pressão
arterial diatólica 85 mmHg; Glicemia alterada (maior
que 100mg%) ou diagnóstico de Diabetes; Triglicerídeos
³ 150 mg/dl; HDL colesterol menor que 40 mg/dl em homens
e 50 mg/dl em mulheres
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E se eu tiver Sd Metabólica, o
que devo fazer?
Pelo fato da Síndrome Metabólica
estar associada a maior número de eventos cardiovasculares
é importante o tratamento dos componentes da Síndrome.
É fundamental que seja adotado um estilo de vida saudável,
evitando fumo, realizando atividades físicas e perdendo
peso. Em alguns casos o uso de medicação se
faz fundamental. Se o seu caso for para tratamento cirúrgico
da obesidade, que e a base da doença, os outros aspectos
deverão ser rigorosamente antes da cirurgia para garantir
o sucesso desta e evitar intercorrências clinicas graves
(estes pacientes tem maior chance de apresentar complicações
cardíacas, respiratórias trombose e outros problemas
apos a cirurgia. A melhor maneira de evitar e controlar adequadamente
todos os fatores.
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Por que tratar a obesidade cirurgicamente?
Para uma parcela da população
obesa, as tentativas de mudanças no estilo de vida
culminam em fracassos recorrentes, particularmente nos casos
mais graves onde o índice de massa corporal atinge
valores superiores a 40 kg/m2. De fato, modificações
do padrão alimentar e estabelecimento de atividade
física regular podem ser práticas impossíveis
de se implementar a longo prazo. A grande vantagem que o tratamento
cirúrgico vem mostrando e a manutenção
da perda de peso apos vários anos.
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Quais os cuidados a serem tomados antes
e depois da operação?
Depende de cada caso, mas há uma regra
geral: avaliação clínico-laboratorial
com exames de sangue, radiografia de tórax, ultra-sonografia
e ou tomografia do abdômen, avaliação
cardiológica, endoscopia digestiva e pesquisa de H.
Pylori e avaliação de função respiratória.
A avaliação será quão mais aprofundada
e/ou demorada quanto mais obeso ou complicado seja o caso.
Caso o paciente tenha alguma doença que necessite tratamento
e controle prévio a cirurgia será adiada até
que se obtenha a melhor condição clínica.
Assim, o paciente deve sempre ficar atento, pois a pressa
em concluir o processo de avaliação ou uma aparente
agilidade excessiva no processo pode ocultar alguma condição
importante a ser corrigida e prejudicar a evolução
do paciente, o que, definitivamente, vai contra as intenções
da equipe e do paciente.
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E se a minha obesidade for devida a algum
outro problema de saúde?
Realmente, faz-se necessário identificar
possíveis fatores causadores para a obesidade, como
algumas doenças endócrinas e metabólicas,
pois nesse caso o correto e tratar esta condição,
sendo a perda de peso uma conseqüência. Não
existe sentido fazer Bariátrica em casos com este.
A identificação destas possíveis condições
faz parte de uma avaliação pré operatória
bem feita.
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Quais as reações do organismo
após a operação?
O paciente já sai do hospital, em média,
com menos dois quilos. Nos primeiros meses, a redução
no peso chega ser de sete a oito quilos. Os pacientes com
quadro de diabetes melhoram imediatamente, chegando a reduzir
ou interromper o uso de insulina (diabetes tipo 2). A complicação
mais difícil de ser tratada é a pressão
arterial. Ela demora mais a estabilizar e o paciente não
interrompe o uso de medicamentos. Os casos de colesterol ou
triglicérides aumentados também devem ter continuidade
do tratamento ate orientação contraria pelo
clinico que acompanha o paciente, o que será feito
nas consultas subseqüentes a cirurgia - lembre-se, isto
não e uma cirurgia comum, o tratamento clinico deve
ser mantido apos a operação.
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Os pacientes operados deverão continuar
a fazer dieta após a operação?
A expressão correta não é
"fazer dieta". Os pacientes necessitarão
uma orientação nutricional para evoluírem
de uma alimentação líquida para pastosa
e, depois, para sólida. Há a necessidade de
suplementar a dieta com compostos ricos em proteínas
nos primeiros dias ou meses, cuidadosa orientação
para os alimentos que podem causar "impactação"
e orientação permanente para uma alimentação
com os vários micronutrientes e macronutrientes. Isto
varia de paciente para paciente. Em alguns posso necessitar
suplementar mais cálcio, em outros ferro, vitamina
B, etc. Os pacientes deverão ser acompanhados, com
objetivo de receberem orientações específicas
para elaboração de uma dieta qualitativamente
adequada. A adesão ao tratamento deverá ser
avaliada, uma vez que pacientes instáveis psicologicamente
podem recorrer a preparações de alta densidade
calórica, de baixa qualidade nutricional, colocando
em risco o sucesso da cirurgia à longo prazo.
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Após a cirurgia o paciente continuará
usando algum medicamento?
Sim. O maior problema destas cirurgias em
longo prazo é a possibilidade de desnutrição,
déficit de vitaminas, macronutrientes ou oligoelementos
(vitamina B12, ferro, eletrólitos, proteínas,
etc). A única maneira de evitar seu aparecimento e
o acompanhamento clinico rigoroso no pos operatório,
quando a identificação precoce destas condições
permite o inicio do tratamento imediato e evita que o paciente
sequer perceba os sintomas. Em pacientes com desnutrição
grave é necessária a internação,
ao passo que nos casos brevemente detectados, o tratamento
clinico e simples e eficiente. Não podemos esquecer
também das medicações para hipertensão,
colesterol, diabetes, cardiopatias ou outras doenças
possivelmente presentes, que nem sempre são resolvidas
com a cirurgia.
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E verdade que depois da cirurgia vou me
livrar dos meus remédios para diabetes, colesterol
e pressão alta?
Não e bem assim. E importante lembrar
que nem toda doença clinica e conseqüência
da obesidade, senão não existiriam pessoas magras
com problemas de coração, diabetes e colesterol.
Assim, a cirurgia traz melhora para a doença na qual
a obesidade tem parcela de contribuição, que
pode ser total ou parcial. Por exemplo, uma pessoa que usava
4 tipos de remédio para pressão,dois para diabetes
e um para colesterol pode passar a ter de usar apenas dois
tipos de medicamento no total, o que representa uma grande
melhora na qualidade de vida, mas se o tratamento for completamente
abandonado, poderão vir serias conseqüências
a saúde da pessoa, mesmo que não sinta nada
por muito tempo.
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